Você já se perguntou por que escolher um produto em vez de outro na prateleira do supermercado? Ou por que certos anúncios capturam sua atenção enquanto outros passam despercebidos? A resposta pode estar mais ligada à ciência do que à sorte ou ao acaso. Aqui entra o neuromarketing, um campo que combina neurociência com marketing para desvendar os segredos por trás das decisões de compra dos consumidores.
O cenário do consumidor mudou drasticamente. Com a tecnologia avançando a passos largos, as expectativas dos consumidores estão mais altas do que nunca. Eles buscam experiências personalizadas, autenticidade e transparência das marcas.
O neuromarketing não apenas nos ajuda a entender essas expectativas, mas também nos permite prever tendências e criar campanhas mais eficazes e impactantes.
O neurocientista Paul MacLean, em sua Teoria do Cérebro Trino, dividiu o cérebro em três partes: o cérebro reptiliano, que lida com nossos instintos básicos; o cérebro límbico, que controla emoções e memórias; e o neocórtex, onde acontecem o pensamento racional e a criatividade. No neuromarketing, usamos a neurociência para descobrir qual parte do cérebro é acionada por um anúncio ou produto. Isso ajuda a criar estratégias de marketing que falam diretamente com a parte do cérebro que queremos atingir.
O neuromarketing está mais enraizado na realidade do que você imagina. Antigamente, os profissionais de marketing dependiam principalmente de pesquisas e grupos focais para entender o comportamento do consumidor. Mas, como todos sabemos, às vezes, há uma grande diferença entre o que as pessoas dizem e o que realmente fazem ou sentem. Pesquisadores descobriram que poderiam utilizar ferramentas como a eletroencefalografia (EEG) e a ressonância magnética funcional (fMRI) para observar diretamente a resposta do cérebro a produtos, anúncios e experiências de marca — e, de repente, as empresas tinham "uma janela" para a mente do consumidor.
Marcas usam o neuromarketing para testar a eficácia de seus anúncios antes de lançá-los, analisando como os consumidores reagem emocionalmente a diferentes elementos, como música, cores e narrativa, e ajustam suas campanhas para maximizar o impacto. Outras empresas usam dados de neuromarketing para personalizar as experiências de compra. Imagine entrar em uma loja e encontrar produtos recomendados com base nas suas respostas emocionais anteriores — isso está começando a se tornar realidade!
Mas não pense que o neuromarketing é exclusivo das gigantes corporações.
Até mesmo pequenas e médias empresas estão começando a explorar essas técnicas para entender melhor seus clientes e criar estratégias de marketing mais eficazes e personalizadas a fim de atender a comportamentos do consumidor — que, para 2024, incluem (análises da Mídia Market e da Shopify):
A marca usou o neuromarketing para entender por que, mesmo quando as pessoas preferiam o sabor da Pepsi em testes cegos, a Coca-Cola ainda dominava o mercado. Por meio do fMRI, foi descoberto que, enquanto a Pepsi ativava áreas do cérebro associadas ao sabor, a Coca-Cola estimulava áreas ligadas a memórias e afetividade. Isso levou a Pepsi a reformular as estratégias, focando mais em construir uma conexão emocional com os consumidores.
Nessa campanha, a marca usou humor e uma pitada de rivalidade para criar uma conexão emocional com as pessoas — bem o que o neuromarketing faz: descobrir como certos tipos de publicidade mexem com nossos sentimentos e memórias.
À medida que avançamos para 2024 e os anos seguintes, o neuromarketing se destaca como uma ferramenta essencial. Não é apenas uma chave para decifrar os mistérios do comportamento do consumidor, mas também um meio para desenvolver um marketing eficaz, ético e que cativa. Com empresas como a BW8 à frente, o futuro do marketing promete ser tão emocionante quanto inovador.