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12 de fevereiro de 2024Neuromarketing: compreendendo o consumidor em 2024
Você já se perguntou por que escolher um produto em vez de outro na prateleira do supermercado? Ou por que certos anúncios capturam sua atenção enquanto outros passam despercebidos? A resposta pode estar mais ligada à ciência do que à sorte ou ao acaso. Aqui entra o neuromarketing, um campo que combina neurociência com marketing para desvendar os segredos por trás das decisões de compra dos consumidores.
Mas por que isso é tão relevante agora, em 2024?
O cenário do consumidor mudou drasticamente. Com a tecnologia avançando a passos largos, as expectativas dos consumidores estão mais altas do que nunca. Eles buscam experiências personalizadas, autenticidade e transparência das marcas.
Razão e emoção: como podem auxiliar nas campanhas
O neuromarketing não apenas nos ajuda a entender essas expectativas, mas também nos permite prever tendências e criar campanhas mais eficazes e impactantes.
O neurocientista Paul MacLean, em sua Teoria do Cérebro Trino, dividiu o cérebro em três partes: o cérebro reptiliano, que lida com nossos instintos básicos; o cérebro límbico, que controla emoções e memórias; e o neocórtex, onde acontecem o pensamento racional e a criatividade. No neuromarketing, usamos a neurociência para descobrir qual parte do cérebro é acionada por um anúncio ou produto. Isso ajuda a criar estratégias de marketing que falam diretamente com a parte do cérebro que queremos atingir.
A evolução do neuromarketing!
O neuromarketing está mais enraizado na realidade do que você imagina. Antigamente, os profissionais de marketing dependiam principalmente de pesquisas e grupos focais para entender o comportamento do consumidor. Mas, como todos sabemos, às vezes, há uma grande diferença entre o que as pessoas dizem e o que realmente fazem ou sentem. Pesquisadores descobriram que poderiam utilizar ferramentas como a eletroencefalografia (EEG) e a ressonância magnética funcional (fMRI) para observar diretamente a resposta do cérebro a produtos, anúncios e experiências de marca — e, de repente, as empresas tinham "uma janela" para a mente do consumidor.
Neuromarketing em 2024
Marcas usam o neuromarketing para testar a eficácia de seus anúncios antes de lançá-los, analisando como os consumidores reagem emocionalmente a diferentes elementos, como música, cores e narrativa, e ajustam suas campanhas para maximizar o impacto. Outras empresas usam dados de neuromarketing para personalizar as experiências de compra. Imagine entrar em uma loja e encontrar produtos recomendados com base nas suas respostas emocionais anteriores — isso está começando a se tornar realidade!
Mas não pense que o neuromarketing é exclusivo das gigantes corporações.
Até mesmo pequenas e médias empresas estão começando a explorar essas técnicas para entender melhor seus clientes e criar estratégias de marketing mais eficazes e personalizadas a fim de atender a comportamentos do consumidor — que, para 2024, incluem (análises da Mídia Market e da Shopify):
- Inteligência Artificial e Interface Digital: a IA está se tornando cocriadora dos consumidores, influenciando decisões e experiências com marcas.
- Conteúdos leves como distração: há um aumento no consumo de conteúdos leves e engraçados, buscando alívio do estresse e ansiedade diários.
- Cobrança por práticas verdes: os consumidores estão mais conscientes dos impactos de suas ações no planeta e exigem compromissos sustentáveis das empresas.
- Personalização com Zero Party Data: programas de personalização estão oferecendo taxas de conversão até 15% maiores e 20% mais satisfação do cliente.
- Aumento do comércio social no TikTok: TikTok está se tornando uma plataforma importante para descoberta de produtos e e-commerce, com mais gastos em comércio social nesta plataforma.
Dicas de neuromarketing
- Cores têm um papel enorme no neuromarketing. Por exemplo, o vermelho é conhecido por chamar a atenção e criar um senso de urgência, enquanto o azul transmite confiança e segurança.
- Criar um senso de escassez pode aumentar o valor percebido de um produto. Quando achamos que algo é limitado, nosso desejo por ele tende a aumentar.
- Nosso cérebro é naturalmente atraído por rostos humanos. Anúncios que utilizam imagens de rostos, especialmente olhando diretamente para a câmera, podem ser mais eficazes em capturar a atenção.
- A música certa pode influenciar o humor e até mesmo as escolhas de compra, enquanto o humor pode tornar uma marca mais simpática e memorável.
- O cérebro humano adora histórias. Narrativas envolventes podem tornar um produto ou marca mais atraente, pois criam uma conexão emocional com o consumidor.
- Marcas que conseguem refletir a identidade dos consumidores têm mais sucesso em criar uma conexão forte. Tendemos a gostar de produtos ou marcas que parecem “espelhar” nossas próprias crenças e valores.
Pepsi e o desafio do sabor
A marca usou o neuromarketing para entender por que, mesmo quando as pessoas preferiam o sabor da Pepsi em testes cegos, a Coca-Cola ainda dominava o mercado. Por meio do fMRI, foi descoberto que, enquanto a Pepsi ativava áreas do cérebro associadas ao sabor, a Coca-Cola estimulava áreas ligadas a memórias e afetividade. Isso levou a Pepsi a reformular as estratégias, focando mais em construir uma conexão emocional com os consumidores.
Nessa campanha, a marca usou humor e uma pitada de rivalidade para criar uma conexão emocional com as pessoas — bem o que o neuromarketing faz: descobrir como certos tipos de publicidade mexem com nossos sentimentos e memórias.
- Engajamento emocional: a campanha da Pepsi usa humor para provocar emoções;
- Memória e reconhecimento de marca: a alusão à Coca-Cola fortalece a memória e o reconhecimento da marca Pepsi;
- Recompensa e prazer: o humor na campanha ativa respostas neurológicas de prazer, aumentando a satisfação e lealdade à Pepsi;
- Competição e identidade de marca: a campanha realça a identidade da Pepsi e incentiva a lealdade dos consumidores por meio da rivalidade com a Coca-Cola.
Futuro do marketing
À medida que avançamos para 2024 e os anos seguintes, o neuromarketing se destaca como uma ferramenta essencial. Não é apenas uma chave para decifrar os mistérios do comportamento do consumidor, mas também um meio para desenvolver um marketing eficaz, ético e que cativa. Com empresas como a BW8 à frente, o futuro do marketing promete ser tão emocionante quanto inovador.
